Vereadores questionam Executivo sobre viabilidade da municipalização de trechos urbanos da BR 277
A possibilidade de municipalização do perímetro urbano da BR 277 em Foz do Iguaçu está sendo tema de debate no Legislativo. O assunto surgiu com o requerimento 119/2023, de autoria dos vereadores: Cabo Cassol (Podemos), Rogério Quadros (PTB) e João Morales (União), aprovado em plenário. A requisição, por parte da Câmara, questiona se existe a viabilidade de isso acontecer, com base em estudos técnicos.
“Hoje o município não tem autonomia sobre as rodovias e isso traz prejuízos para o desenvolvimento de nossa cidade”, ponderou o vereador João Morales (União). De acordo com o requerimento, diversos municípios têm adotado medidas sobre a municipalização de rodovias estaduais e federais para que possam realizar, dentro do perímetro urbano de suas cidades, as intervenções necessárias para desenvolvimento urbano, social e econômico de regiões afetadas.
Em Foz do Iguaçu, trechos que possuem fluxo intenso de veículos têm seus problemas que se arrastam há anos. Exemplo disso é o trevo da rotatória do CTG Charrua, outra questão é o isolamento do bairro Parque Presidente depois da construção do viaduto que dá acesso à Avenida Costa e Silva. Outro local citado pelos parlamentares é o Jardim Jupira que também sofre com a separação gerada após algumas intervenções realizadas na BR 277 e anteriormente tinha uma vida econômica mais ativa. O que se vislumbra é uma maior integração entre Vila Portes e Jupira, voltando a interligar os dois bairros ao cenário econômico do município.
“O problema é que a cidade hoje está dividida, de um lado e de outro da BR. Temos apenas dois ou três acessos, o que não funciona e isso não contribui em nada para mobilidade urbana, para nossa população e economia do município”, pontuou o vereador Cabo Cassol (Podemos).
A proposição dos vereadores ressalta, ainda, que a municipalização dos trechos não impede que sejam incluídos nos lotes que serão pedagiados nos contratos futuros das rodovias, o que também não acarretaria em novos custos financeiros aos cofres da prefeitura de Foz.
“Para isso precisamos de mobilidade e não distanciamento, como hoje está acontecendo em nosso município”, disse o vereador Rogério Quadros (PTB). O requerimento foi aprovado e encaminhado ao Executivo, do qual fica aguardando retorno oficial.