Vereadores pedem fim do trânsito de caminhões pelo centro
O trânsito de caminhões pelo centro de Foz do Iguaçu é tema de preocupação no município há muitos anos, visto que o fluxo de veículos é intenso, acrescido pelo movimento do setor turístico e também pela rota de importação e exportação com os países vizinhos, Paraguai e Argentina. O acidente ocorrido na última segunda-feira, 12 de novembro, na Avenida das Cataratas, em que um caminhão teria perdido o freio e atingiu outros veículos, reascendeu o alerta para medidas urgentes que desviem o fluxo intenso de caminhões pelo centro da cidade.
O vereador Elizeu Liberato (PR) trouxe à tribuna a informação, via deputado Fernando Giacobo, da mesma sigla partidária, de que o Ministério dos Transportes está na fase final de licitação das obras no valor de R$ 130 milhões para o setor em Foz do Iguaçu, incluindo a primeira fase do Contorno Leste. Disse que no julgamento, a JL Construções apresentou a melhor proposta com 20% de desconto ficando em R$ 104 milhões. “Agora tem a fase de homologação da proposta de preço e a tramitação, mas o importante é que o valor está carimbado através do convenio com Itaipu, Município e a União”, afirmou o Vereador Elizeu Liberato.
O Presidente do Legislativo Iguaçuense, Rogério Quadros, se posicionou no sentido de ampliar o debate na busca de alternativas a curto prazo e soluções definitivas para o problema. “Nós, Vereadores, estamos preocupados em auxiliar a solucionar o problema que atinge há vários anos quem trafega pela Avenida Paraná. Com relação à proibição do tráfego de caminhões, é necessário que haja um estudo para não tirarmos o problema de uma área e jogarmos para outra”, afirmou o Presidente da Câmara, Vereador Rogério Quadros, ao defender um debate amplo com todos que utilizam o local.
Reunião no Comtur
Os parlamentares estiveram na última terça-feira, 13 de novembro, em reunião com forças representativas da cidade no Conselho Municipal de Turismo (COMTUR) e hoje no período da tarde devem se reunir com Foztrans, a fim de buscar caminhos possíveis de mediação política e soluções técnicas para outras alternativas de tráfego. O Prefeito em exercício, Nilton Bobato, editou ontem (13), um decreto definindo horários e locais com restrições para fluxo de caminhões.
Na oportunidade da discussão do assunto na sessão da última terça, o vereador Celino Fertrin enfatizou: “Não podemos mais permitir mortes de forma trágica em nossa cidade como aconteceu a dessa semana na Avenida das Cataratas. Portanto, que eu atravesse meu carro em frente à Avenida das Cataratas, mas que não se passe mais caminhões por lá. Teremos que encontrar a solução, e para hoje, não para amanhã, porque só esse mês três caminhões perderam o freio. Temos de unir as esferas de governo: municipal, estadual e federal para solução desse problema”.
“É problema de calamidade pública”
No mesmo sentindo, o vereador Marcelinho Moura (Podemos), acrescentou “então é hora, de chamarmos os nossos deputados estaduais e federais, pegarmos o governador do Paraná e junto resolvermos isso. É um problema da calamidade pública. Temos que nos juntar, independentemente de partido, chamar os deputados que por aqui se elegeram e que fizeram muitos votos na cidade, e cobrar”.
No mesmo discurso de união de forças na busca de alternativas, a vereadora Inês Weizemann (PSD) reiterou o diálogo que está sendo feito para solucionar a questão.
Desvio pela área rural
O vereador Beni Rodrigues (PSB) defendeu o desvio do tráfego pela área rural do município, saindo do trevo Carimã e entrando na Avenida das Cataratas até acessar a Avenida Centenário na frente do Museu de Cera. Dali segue pela área rural passando pela região do Aparecidinha até chegar à BR-277, na região de Três Lagoas. Nesse caso, sugeriu que seja utilizado o recurso liberado ao Município para asfaltar 46 Km de estrada rural.
Sobre essa proposta, o vereador Marcio Rosa (PSD) saiu em defesa de ampliar o debate com técnicos, partidos e moradores que seriam afetados. “Sugiro convocarmos uma audiência com todos os envolvidos. Sabemos que esse tráfego exige uma malha asfáltica especial. Com certeza por meio de um debate com todos envolvidos se chegará a horários, pistas alternativas, comprometimento do município e assim se dará resposta imediata até que a Itaipu conclua esse processo licitatório e seja executada a obra”.