Vereadores lançam repúdio ao transporte coletivo e exigem providências mais duras da prefeitura
A sessão da Câmara de Foz do Iguaçu, realizada nesta quinta-feira, 07 de maio, foi pautada por discussões sobre contratos firmados na área da saúde e serviço de transporte público. Na aprovação de requerimento de Celino Fertrin (Podemos), subscrito por outros cinco parlamentares, os vereadores reiteraram a cobrança ao Executivo sobre quais medidas serão de fato adotadas em relação ao transporte coletivo urbano, que paralisou seu serviço no segundo dia de reabertura gradual do comércio, o que acabou prejudicando muitas pessoas que precisavam do meio para ir ao trabalho.
Desde então, não há regularidade no serviço e a população é quem sofre as consequências. A gestão do contrato de concessão é do Executivo e a Câmara não tem o poder de rescindir, pois essa é uma prerrogativa exclusiva do prefeito. Entretanto, o plenário da Câmara, via sessão virtual, decidiu por lançar nota de repúdio, reforçou posição unânime pelo rompimento do contrato e sugeriu transporte alternativo para reduzir os transtornos sofridos pelos usuários.
O vereador Celino Fertrin reiterou, via requerimento 137/2020, a cobrança ao Executivo sobre as ações efetivas adotadas face a paralisação do transporte público e a diminuição da frota de ônibus que transita neste momento. Outros vereadores também assinaram o documento, dentre eles, Anice Gazzaoui (PL), Elizeu Liberato (PL), Jeferson Brayner (PSD), Inês Weizemann (PL) e Luiz Queiroga (PTB).
“Vimos que a situação ainda continua ruim. A mídia já vem reportando aglomerações, ônibus lotados transportando as pessoas. Então quais foram as medidas adotadas em relação ao Consórcio? O que será feito em relação a condição absurda que vem acontecendo com o transporte de Foz do Iguaçu? A empresa só vem requerendo benefício e não oferece nada para as pessoas que dependem desse transporte”, enfatizou o vereador Celino.
O vereador Rudinei de Moura (Patriota) enfatizou: “Temos reuniões direto com a CPI do transporte. No dia que o transporte público parou foi acionado o transporte alternativo, tirando das mãos do monopólio do Consórcio Sorriso. Em outras cidades temos vans. O Consórcio Sorriso agora está pedindo mais subsídios por conta das perdas, mas que perdas eles tiveram? Acho que é o momento em pensarmos em tirar esse monopólio do Consórcio”, disse Rudinei.
“É uma vergonha o que esse transporte vem fazendo”, afirma Beni
O Presidente da Câmara, Beni Rodrigues (PTB), também manifestou indignação com o que está acontecendo no transporte coletivo na cidade. “É uma vergonha o que esse transporte vem fazendo. Primeira coisa que esse Consórcio fez foi virar as costas para população. Muitos trabalhadores afirmaram que estavam sem dinheiro e só tinham o cartão abastecido. Acho uma vergonha o que está acontecendo no transporte público de Foz. Que o Prefeito reveja esse contrato, abra nova licitação e a empresa que ganhar coloque todos os ônibus novos e com ar-condicionado. Tem ônibus lotado agora porque eles diminuíram a frota”, reclamou Beni Rodrigues
Intervenção e rompimento do contrato
As informações solicitadas são a respeito de quais as medidas e ações efetivamente adotadas em razão de paralisações do transporte público e a diminuição da frota de ônibus que está transitando. A iniciativa dos vereadores considera também o Ofício nº 54/2.020, já enviado por membros do Legislativo, que requereu a intervenção e rescisão contratual de concessão do transporte público de Foz do Iguaçu por violação do contrato celebrado em 2010 com o Consórcio Sorriso.
O Vereador Luiz Queiroga (PTB) acrescentou na discussão que “houve isenção de 10 milhões de reais para colocarem os veículos com ar condicionado para circular, conforme prometido. Não colocam todos os veículos. Está na hora do gestor poder bater na mesa. Chega da nossa população andar como sardinha nos ônibus e pagar a conta toda vez que aumentam a tarifa”.