Vereadores debatem soluções para gargalos no Distrito Industrial de Foz
A situação do Parque Industrial de Foz do Iguaçu foi tema de palavra livre na sessão da última terça-feira, 1° de outubro. Quem trouxe o assunto para o debate foi a vereadora Anice Gazzaoui (sem partido), que é também a autora do requerimento da audiência pública que vai discutir o tema no próximo dia 11/10, a partir das 9h30min. Ela ressaltou a participação do presidente Beni Rodrigues (PSB) que antes da aprovação da audiência pública já vinha atuando na causa dos empresários buscando nos órgãos competentes o atendimento das reivindicações.
A vereadora Anice relatou o processo que deu início ao diálogo sobre o tema. “Fomos procurados nesta Casa de Leis pela assessoria jurídica da Associação dos Empresários do Distrito Industrial. Nós sentimos o verdadeiro anseio dos empresários. São situações complicadas, que precisamos debater. Conversei com o Procurador Geral do município, o Dr. Osli Machado, que se colocou à disposição para ajudar”, destacou.
Visita aos locais
De acordo com a vereadora, em visita aos locais com a presença também de outros vereadores como Edson Narizão (PTB) e Marino Garcia (sem partido), o grupo conseguiu identificar vários problemas. “São questões judiciais, estruturais e de legislação. Fica nosso reconhecimento à ASSEDIFI, Associação dos Empresários do Distrito Industrial. Temos que escutar as demandas e tentar ajudar, buscando soluções. Acredito que a audiência que estamos propondo será muito importante. Como uma empresa vai colocar 30 funcionários se às vezes ela não consegue manter seis? Então temos de debater pontos como esse da lei do distrito”, afirmou.
Situações incompatíveis
O município tem três parques industriais: Pilar Parque Campestre, Morumbi e Portal da Foz, os quais foram visitados pelos vereadores, que conversaram com empresários da região. O vereador Edson Narizão destacou: “Nós estivemos no local e vimos várias situações difíceis pelas quais passam os empresários da área industrial da cidade”, disse Narizão.
Na opinião do vereador Marino Garcia há situações incompatíveis com a realidade e necessidades para operação de atividades industriais distintas. “Têm exigências impraticáveis como áreas de pátio sem necessidade de cobertura gigantesca, mas a lei exige barracão coberto em 30% da área total. Quem tem condições de fazer isso? E sem necessidade para as operações da empresa. A questão de limite de funcionários também é preciso a gente ver. Cada tipo de empresa tem uma demanda com relação a isso”, apontou Marino.
Infraestrutura básica
O vereador Celino Fertrin (PDT) também se posicionou: “Muitos empresários haviam se instalado ali e não tinham investido. Então nossa proposição antes foi a retomada do imóvel por parte do Município. Hoje se uma empresa ou indústria tiver alguma entrega para receber de fora, até hoje não tem placa e identificação de ruas para localizar as pessoas. Os empresários que investiram e suportaram até agora. Havia um problema de galerias, energia elétrica, que estava usando sobra de energia do Morumbi. Alguns empresários não conseguiam nem alvará para começar a trabalhar, porque não tinha infraestrutura fornecida pelo poder público”.
Na discussão ficou implícito que é preciso levar em consideração que muitos empresários não conseguiram atender as exigências dentro dos prazos por conta da falta de infraestrutura do Poder Público. Com a audiência pública, a ideia é discutir o assunto no Legislativo e em conjunto resolver as demandas para que as empresas tenham condições de desenvolver suas atividades de geração de emprego e renda no município.