Transporte urbano retorna ao debate na Câmara Municipal
Motivado pelo Requerimento nº 585/2021 o atual transporte urbano voltou ao debate na Câmara Municipal, na sessão ordinária, nesta terça-feira (21). O autor, Edivaldo Alcântara (PTB), questiona ao Poder Executivo se haverá ‘redução da passagem’ com a implantação do novo sistema de transporte coletivo. O vereador argumenta que “o município de Foz do Iguaçu sofre com uma das tarifas mais altas do Paraná, além do péssimo serviço”.
“Queremos indicar ao prefeito a redução da tarifa em 12% para que possamos ter transporte de qualidade. Esperamos que sejamos reconhecidos no transporte, assim como somos reconhecidos em nosso turismo. Há possibilidade de redução para darmos mais condições à população de Foz”, explanou Alcântara.
“A partir das reuniões e levantamentos elaboramos indicações ao Executivo. Estamos sempre entregando relatórios parciais. Encaminhamos uma proposta do transporte por quilômetro rodado para atendermos da melhor forma e qualidade e aumentarmos as linhas. Hoje, sabemos que é possível. Araucária é exemplo, queremos trazer isso para Foz. Na medida que melhora o transporte, a população começa a usar mais e haverá maior arrecadação”, contribuiu Anice Gazzaoui (PL), presidente da Comissão Especial do Transporte. “A Comissão não está propondo remendo, mas um novo modelo”, afirmou. Jairo Cardoso (DEM), membro da CE, pontuou: “Tenho certeza que o desfecho da comissão, em parceria com Executivo, trará benefícios, como tarifa justa, ar-condicionado”.
Galhardo (Republicanos) disse que “já tivemos uma situação envolvendo ar-condicionado nos ônibus. Na minha posição, passa para a quebra do contrato. Deveria ser feito contrato emergencial com outra empresa, aí eu seria a favor do subsídio, do quilômetro rodado, para o consórcio não”. Cabo Cassol (Podemos) ressaltou: “Toda concessão de serviço público tem um risco. Com o termo quilômetro rodado a palavra risco passa a ir para o poder público”.
“Quando se fala em responsabilidade da Casa de Leis, o contrato feito no passado, que esta Casa autorizou tempos atrás, isso causa um alerta para não deixar acontecer o que aconteceu no passado. O fato de melhorar o serviço neste momento é mais urgente”, ponderou Ney Patrício (PSD), presidente do Legislativo.
“Não vejo hoje como alternativa trazer a responsabilidade para o poder público. É dinheiro do contribuinte. Serão três anos para equiparar os valores, isso quer dizer que o município terá prejuízo de três anos. Essa não é a melhor forma. A responsabilidade da quebra do contrato não é nossa (vereadores). A minha revolta é que há indícios de que pode ser quebrado o contrato. A Procuradoria Geral do Município não deu o parecer e coloca a responsabilidade em cima desta Casa. Estou revoltado porque estão brincando e jogando a responsabilidade para nós. Não sou contra o quilômetro rodado, mas sou contra dar para essa empresa que em nada ajudou o transporte”, rebateu João Morales (DEM). “É preciso ter um novo contrato. Já houve várias quebras nesse contrato”, salientou Adnan El Sayed (PSD).
O requerimento foi aprovado, com votos contrários dos vereadores Galhardo e João Morales, e será encaminhado ao chefe do Poder Executivo.