Nanci propõe instalar em Foz projeto de prevenção à violência contra a mulher
A vereadora Nanci Rafagnin Andreola decidiu trazer para Foz do Iguaçu o Programa Mãos Empenhadas Contra a Violência, que capacitará profissionais da área da beleza. A ideia é torná-los agentes multiplicadores de informação no combate à violência doméstica e familiar. Nanci entraria com projeto de lei, porém, esse tipo de normativa é de iniciativa exclusiva do Poder Executivo.
Diante disso, a vereadora resolveu apresentar indicação para que a prefeitura implante o programa em Foz do Iguaçu. “O maior objetivo do projeto é a prevenção e também servir como mecanismo de denúncia para as mulheres que sofrem violência no lar ou em qualquer outro ambiente. Chegando a denúncia é possível agir para proteger estas vítimas e punir os agressores”, afirmou Nanci.
De acordo com a vereadora, o Programa Mãos Empenhadas Contra a Violência, surgiu porque ficou constatado que as mulheres falam sobre esses problemas com as manicures, cabeleireiras ou esteticistas. “Com o treinamento, essa prática preventiva tornou-se uma rede de proteção com excelentes resultados onde os profissionais possam identificar e orientar as vítimas, com base na Lei Maria da Penha. Por isso entramos com o pedido formal na Câmara para que a Secretaria responsável na prefeitura elabore o projeto para implantação do programa aqui em Foz”, argumentou.
Nanci disse que entrou em contato com autoridades da área e o programa tem o apoio, por exemplo da Delegada da Mulher, Mônica Ferracioli; e do juiz Ariel Nicolai Cesa Dias, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Vara de Crimes contra Crianças, Adolescentes e Idosos e de Execução de Pena e Medidas Alternativas de Foz do Iguaçu. “Devemos fazer uma reunião no início de fevereiro para tratarmos desse assunto e agilizar a instalação do programa na cidade”, anunciou a vereadora.
Conscientização e orientação
O Projeto Mão Empenhadas Contra a Violência surgiu no Mato Grosso do Sul através da iniciativa da juíza Jacqueline Machado, que é incansável quando o assunto é o rompimento do ciclo de violência. A essência da proposta é acreditar que replicando informação se pode fazer com que cada vez mais se tenha consciência do que é a violência contra a mulher, de que forma ela acontece na sociedade e como as vítimas podem usar o amparo estatal para se proteger e para pedir ajuda.
“O Projeto funciona como ação preventiva, ampliando e fortalecendo a rede de enfrentamento à violência doméstica contra a mulher, dando visibilidade sobre as questões de gênero e aos inúmeros tipos de violência existentes”, consta na justificativa da indicação protocolada na Câmara e que deverá ser lida em plenário nas primeiras sessões de fevereiro.