Legislativo debate e celebra conquista dos 90 anos do voto feminino
A data de hoje, 24 de fevereiro de 2022, marca os 90 anos da conquista do voto feminino, após a sanção do primeiro Código Eleitoral (Decreto 21.076). O direito de votar e trouxeram avanços, mas ainda há um longo caminho para aumentar a representatividade da mulher na política. Um Debate e Fortalecimento da conquista do voto feminino, promovido pela Bancada da Mulher, OAB e Secretaria de Direitos Humanos do Município, marcou o dia de hoje na Câmara de Foz. Na mesma oportunidade, o Presidente da OAB de Foz, Vitor Hugo Nachtygal transferiu temporariamente o cargo para a advogada Vanessa Picouto.
As vereadoras Yasmin Hachem (MDB), Anice Gazzaoui (PL) e os parlamentares: Ney Patrício (PSD) e João Morales participaram do evento. O evento trouxe reflexão sobre a necessidade de conscientização da população em geral sobre a desigualdade de gênero e os avanços que ainda se fazem necessários. “Nós, mulheres, temos de nos ouvir, para que consigamos nossos espaços e sejamos respeitadas nele”, disse a vereadora Anice (PL). “A cultura muda a partir do momento em que as mulheres, juntas, reivindicam seu lugar de poder, com a ocupação dos espaços, em todos os níveis e esferas, falando, propondo e trabalhando”, disse a Drª Vanessa Picouto, da OAB Foz.
Considerando a importância da luta das melhores pelos seus direitos, a TV Câmara também conversou com a Socióloga e Cientista Política, Ana Prestes, que destacou: “O Brasil está no ranking 145 entre 192 países de participação de mulher na política. Ou seja, um século depois das lutas e 90 da conquista, ainda falta muito. As portas da política ainda estão muito fechadas para as mulheres”.
História e luta
O voto feminino no Brasil foi reconhecido em 1932, após conquista do movimento feminista da época. E, somente em 1965 se tornou obrigatório, sendo equiparado ao dos homens. “Teve muita luta pelo voto, ele não foi resolvido numa sala cheia de homens que falaram: vamos colocar as mulheres no código. Foi muita luta pelo voto. Tiveram de fazer alianças, com vários grupos dentro do parlamento”, pontuou Ana Prestes.