Cristãos comemoraram o Dia da Consciência Evangélica em Foz do Iguaçu
Evangélicos de diversas denominações se reuniram nesta quinta-feira (31) para comemorar o Dia da Consciência Evangélica, data que marca a reforma protestante e a fixação das “95 teses” de Martinho Lutero. Foi ele que em outubro de 1517, entrou para a história, abrindo o debate sobre a venda de indulgências pela Igreja Católica.
A comemoração faz parte do calendário oficial de eventos do município desde 2013, quando foi aprovada a Lei Municipal n° 4.077, do então vereador Rudinei de Moura. O evento teve quatro edições, mas deixou de ser comemorado por um ano e foi retomado em 2018, quando dezenas de evangélicos voltaram a participar do encontro, por iniciativa da vereadora Inês Weizemann.
A programação deste ano foi organizada em parceria com o Copefi. Foram feitas cinco orações e realizados sete louvores, apresentados por integrantes de várias denominações cristãs, em parceria com o Ministro Léo Ismail. Fiéis, pastores, representantes e seguidores das igrejas evangélicas instaladas na cidade, além de autoridades locais, acompanharam a cerimônia.
Lutero
Na mensagem, o Pastor Waldiney Souza Fernandes, presidente do Copefi (Conselho de Pastores e Ministros Evangélicos de Foz do Iguaçu), contou a história de Lutero e da busca dele por um Deus misericordioso que o aceitasse.
Ele lembrou que ao fixar suas teses na porta de uma Igreja, Lutero restabeleceu princípios antigos e então esquecidos, que formam os pilares da igreja cristã: a graça de Deus, a Palavra, Jesus, a Fé e a Glória a Deus.
O Pastor disse que muitos precisam ser gratos por ter a oportunidade de celebrar o Evangelho sem discriminação de credo e com respeito a todas as igrejas e finalizou afirmando que “os cristãos têm a responsabilidade de anunciar a palavra de Deus pura como ela é, porque independentemente das nossas diferenças ideológicas ou doutrinárias, somente a verdadeira palavra de Deus transforma”.
O Juiz Marcos Antonio de Souza Lima, que é Diretor Geral do Fórum da Comarca de Foz do Iguaçu, lembrou que apesar das pressões que sofreu 502 anos atrás, Lutero se levantou e, iluminado pelo Espírito Santo, lutou e fez história, chamando a atenção do mundo para o que estava no coração dele.
Em união e respeitando as diferenças
Representando a Igreja Batista, o Pastor Rafael Tomazini fez uma oração pela cidade e pediu para que a população de Foz, muito além de uma estatística, possa representar a bondade, a paz e principalmente a fé que é celebrada de diversas maneiras.
As diferenças que podem nos unir também foram citadas pelo representante da Igreja Adventista. O Pastor Rodrigo Fritoli orou pela Tríplice Fronteira e lembrou que o termo fronteira pode ser visto como uma barreira, mas também pode passar a ideia de aproximação. “Apesar das nossas diferenças, podemos nos unir sempre em uma agenda comum com o objetivo de enaltecer a palavra de Deus e levar essa palavra para o outro”, afirmou.
A Pastora Adriana Luiz, da Igreja Quadrangular, também representou o prefeito Chico Brasileiro. Na oração que fez, Adriana agradeceu pela liberdade de poder expressar a fé pediu que “todos os nossos governantes sejam moldados pelo Espírito Santo e que a cidade, que os moradores, sejam abençoados”.
O vereador Jeferson Brayner ressaltou a importância da unidade, da necessidade de deixar os propósitos particulares de lado, para levar o nome de Deus para quem precisa de apoio.
O representante da Igreja Presbiteriana e Cidadão Honorário de Foz do Iguaçu, Pastor Rubens Alexandre, parabenizou a vereadora Inês Weizemann por “ter dado vida à lei municipal que trata da comemoração da Consciência Evangélica, em um país onde milhares de leis são esquecidas”. O Pastor também disse que “Deus é glorificado pelo Evangelho, que transmite as boas novas que precisam ser vivenciadas para incentivar e motivar a missão de levar o nome Dele às pessoas”.
Antes do fim da cerimônia, o vereador Elizeu Liberato fez uma oração pelas crianças. “Diante de tantas lacunas abertas para as ameaças que possam atingir nossas crianças, devemos lembrar que elas precisam ser cuidadas, educadas e preparadas para fazer parte de uma geração vencedora”, alertou.
A vereadora Inês Weizemann encerrou o evento agradecendo a participação de todos e pedindo para que o Evangelho não seja celebrado apenas no dia 31. “Precisamos meditar todos os dias sobre a nossa conduta em relação ao Evangelho e sobre o nosso propósito de vida e, além disso, repensar nossas atitudes para que sejamos pessoas melhores a cada dia”, finalizou.
(Gabinete da vereadora Inês Weizemann)
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