Comissão de Alagamentos espera respostas da prefeitura sobre medidas que estão sendo adotadas

por Diretoria de Comunicação última modificação 21/02/2019 11h14
Outra providência da CE será de chamar representantes de bairros afetados para serem ouvidos na comissão

A Comissão Especial da Câmara que estuda soluções para resolver os problemas constantes de alagamentos em Foz do Iguaçu se reuniu na manhã desta quarta-feira (20) com representantes de instituições como Defesa Civil, Sanepar e Itaipu, a fim de traçar plano de prevenção a situações caóticas que a cidade vem enfrentado após fortes chuvas.

A Comissão formada pelos vereadores João Miranda (PSD) – Presidente; Anderson Andrade (PSC) – Vice-Presidente e Jeferson Brayner (PRB) – Membro, está analisando os documentos recebidos de alguns órgãos e verificando quais ações em conjunto podem ser tomadas para auxiliar o município.

Além dos parlamentares que integram a comissão, outros vereadores participaram da reunião, entre eles, o Presidente da Câmara - Beni Rodrigues (PSB), João Sabino (Patriota), Elizeu Liberato (PR), Rosane Bonho (PP), Celino Fertrin (PDT), Adenildo Kako (Podemos) e Edson Narizão (PTB).

“A gente acompanhou in loco algumas situações e vimos que além da infraestrutura inadequada de saneamento, há um problema cultural também nos bairros. Toda vez que chove alagam alguns bairros. Nos deparamos com sofás, geladeiras em áreas de escoamento. Precisamos buscar soluções definitivas e não paliativas como vêm acontecendo”, enfatizou o vereador Anderson Andrade, integrante da Comissão.

Ausência de secretários

Na oportunidade, o Presidente da Casa, Beni Rodrigues, questionou a ausência dos secretários de Obras e de Planejamento para explicar a situação atual do projeto de drenagem. “Houve a liberação por essa casa de um empréstimo de  R$ 30 milhões em investimentos para esse fim e tenho certeza de que a cidade pode disfrutar de melhoria de qualidade de vida para a população. Vamos continuar cobrando”.

O Capitão Castro, da Defesa Civil, explicou que o órgão “tem um trabalho muito integrado com a Prefeitura. Tivemos ventos de mais de 100 km/h (ontem). Tenho informação de que hoje pela manhã 1.500 unidades ainda estavam sem luz. Hoje pela madrugada ainda tinham equipes trabalhando. Temos cerca de 35 pontos de alagamentos no município, muitos são em áreas de ocupação”.

Castro explicou que o Prefeito, nestes casos, não pode deliberadamente decretar situação de calamidade. “Não é tão simples assim, senão ele pode futuramente responder por improbidade. Temos preocupação especial com dois locais: região do Porto Meira e Jardim São Paulo/São Luiz. No último temporal choveu na região do Morumbi 118 milímetros, aí não há sistema que dê conta. É o caso também de não permitir novos loteamentos lá. Com relação a vinda de profissionais da UFPR para que nos ajudem, diz respeito à junção de esforços, experiências de pessoas que conseguiram resolver situações de alagamentos”, destacou.

Além disso, Capitão Castro citou a capacidade de resposta ao temporal ocorrido na tarde de ontem, 19 de fevereiro. “Toda estrutura da Prefeitura, Bombeiros, Sanepar e Defesa Civil estão trabalhando neste momento. Se não fosse essa integração e rápido atendimento, não teríamos garantido o restabelecimento de energia ainda na noite de ontem na região central”.

Análise técnica

Luiz Henrique Maldonado, Engenheiro da Itaipu, da Divisão de Estudos Hidrológicos e Energéticos, disse que quando se pensa em alagamentos é preciso trabalhar no sentido de evitar que a água chegue rapidamente aos pontos mais críticos. Segundo ele, “a parte da conscientização também é muito relevante para evitar os alagamentos. Isso envolve ações como diminuir a área de concreto nos terrenos. Para a água escoar, as saídas de drenagem devem estar limpas, desobstruídas. Em outros municípios foram criados parques no entorno dos rios. O problema não é simples de se resolver. Precisamos monitorar, evitar que a água chegue rapidamente onde alaga e garantir que as saídas de drenagem estejam livres”.

Jorge Darif, engenheiro representante da Sanepar, destacou que “as galerias precisam de manutenção preventiva, porque lá entra terra, lixo e nas chuvas vai acontecer alagamento. A criação de bacia de contenção tem papel importante nisso. Pontos de infiltração também são importantes, como terrenos com vegetação. Há ligações clandestinas também ou porque não tem galeria na rua ou por comodidade porque é mais fácil.

Comunidades afetadas

Por sugestão da vereadora Rosane Bonho (PP), nas próximas reuniões a Comissão vai convidar entidades e pessoas que representem os bairros afetados. Sobre a chuva da última terça-feira à tarde, o vereador Celino questionou a “falta de guardas sinalizando trânsito na cidade, uma vez que os semáforos desligaram e o tráfego ficou caótico”.

Deni Boy, Representante da Região Sul da cidade, cobrou “vamos analisar como vai ser gasto o recurso aprovado pela Câmara. A Itaipu precisa tomar frente também. Precisamos para amanhã que os caminhões da Prefeitura estejam no Arroio Ouro Verde limpando”. Maria Helena Nunes pontuou que “não só as chuvas, mas também a falta de educação ambiental se tornou grande problema da cidade”.

Principais pontos de alagamentos

Dentre os principais pontos de alagamentos detectados estão na região da micro bacia do Ouro Verde, região central da cidade, Jardim Canadá e Morenitas, bem como a região do Jardim São Paulo e Jardim São Luiz.


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