Câmara de Foz questiona Sanepar pelo aumento de conta de água
O aumento da conta de água, relatado por moradores aos parlamentares, fez com que o assunto acabasse entrando na pauta de discussões na sessão desta terça-feira, 16 de junho, na Câmara de Foz do Iguaçu. Quem levantou o debate foi o vereador Luiz Queiroga (PTB), que cobrou, via requerimento 118/2020, informações da Gerência Regional da Sanepar sobre o aumento exacerbado nas contas de água da população desde janeiro de 2020.
Queiroga enfatizou: “Alguém chegou a comentar que a taxa básica baixou de 10 metros para 5 metros cúbicos. Ilusoriamente você tem a percepção que a conta baixou, mas, você começa a pagar a partir de 5 metros cúbicos. Aqui na Câmara votamos a renovação do contrato com a Sanepar, na época só eu fiz 14 emendas ao projeto. Algumas coisas como o tempo de concessão dos serviços nós não pudemos mudar no projeto na época. A Sanepar é uma empresa de economia mista, sendo apenas 20% do Estado e 80% é de empresas internacionais, isso é um absurdo”, apontou Queiroga.
O vereador Celino Fertrin (Podemos) também se posicionou sobre o assunto. “A taxa mínima era cobrada acima de 10 metros cúbicos e reduziram para cobrar a partir de 5 metros cúbicos. Foi o grande golpe da Sanepar para arrecadar mais. Temos de levantar o contrato celebrado entre Sanepar e Município.
O vereador Marcio Rosa (PSD) afirmou: “A redução de 10 metros cúbicos para 5 metros cúbicos dobrou a arrecadação da Sanepar. Estamos com um projeto tramitando aqui na Casa que coloca um equipamento que retira ar da tubulação. Projeto semelhante já foi feito em vários locais do país. Tem estudos de várias universidades federais que apontam que se passar gás, ar ou qualquer coisa o relógio roda. Ele é muito sensível O contador gira e a pessoa paga por aquilo que não consome. A Sanepar está descumprindo com o papel de órgão que presta serviço público”.
O vereador Edson Narizão (PTB) se posicionou e sugeriu que se houver possibilidade que haja revisão do contrato que fez a concessão dos serviços de água e tratamento de esgoto para Sanepar. “O povo não aguenta mais, é um absurdo. Vários pequenos comércios de bairro gastam 3 metros cúbicos e pagam por 10 metros cúbicos. A gente deveria rever esse contrato de concessão da Sanepar, porque 30 anos renováveis por mais 30 é complicado”, disse Narizão.
O vereador Rudinei de Moura (Patriota) também pontuou: “Hoje se tem algo que me arrependo foi de ter aprovado esse projeto que renovou a concessão da Sanepar por 30 anos. No Jupira a Sanepar acabou com o asfalto em uma região inteira e agora eles falam que não tem verba para arrumar”.
O Presidente da Casa, Beni Rodrigues (PSB), afirmou que "dá uma tristeza de ver aquela região do Jupira. Na época o Diretor da Sanepar falou que em uma semana arrumaria e até agora já se passou praticamente um ano e acredito que nada foi feito. É complicado”.