Câmara de Foz adota medidas oficiais para apurar contratos firmados na saúde durante a pandemia
Um dos requerimentos (139/2020), de autoria do vereador Luiz Queiroga (PTB), assinado conjuntamente por outros cinco vereadores foi debatido e aprovado na sessão desta quinta-feira (7), na Câmara de Foz do Iguaçu. O documento oficial pede a convocação do Diretor-Presidente do Hospital Municipal Padre Germano Lauck, Sérgio Fabriz, para prestar esclarecimentos sobre os contratos firmados durante o Decreto de Calamidade Pública no município. Luiz Queiroga justificou a medida: “Precisamos da informação para darmos respostas a quem nos cobra, acho que esse momento será muito bom porque poderemos elencar as dúvidas e esclarecer”. Também assinam o documento junto com Queiroga, os vereadores, Anice Nagib Gazzaoui (PL), Celino Fertrin (Podemos), Elizeu Liberato (PL), Inês Weizemann (PL) e Rudinei de Moura (Patriota).
Para o enfrentamento da pandemia, os vereadores aprovaram vários projetos de remanejamento de recursos e cancelamento de ações não essenciais para destinação de recursos na saúde. Também passaram pela Câmara os pedidos de liberação de verbas que possibilitaram a aquisição de equipamentos e a instalação de leitos, inclusive os de UTI, para dar retaguarda no atendimento. Sem essas providências, sequer seria possível a reabertura gradual do comércio.
Para fins de fiscalização, a Câmara também aprovou a criação de conta específica para lançamento dos gastos destinados ao tratamento e prevenção da covid-19. Por meio do requerimento, os vereadores inicialmente buscam esclarecimentos sobre contratos que somam milhões de reais. Além dos recursos próprios, surgiram anúncios de que o Município vem recebendo verbas do Estado, da União e outros órgãos como Itaipu.
De acordo com o vereador Queiroga, a convocação do diretor do hospital, em data a ser confirmada, ajudará nessa fiscalização e apuração dos fatos. Nos últimos dias, várias publicações em Diário Oficial foram expostas em redes sociais gerando questionamentos da população. “Estamos dando resposta à sociedade, dentro do papel fundamental dos vereadores que é fiscalizar. O Poder Executivo precisa dar toda a transparência necessária”, completou Queiroga.
Ponderações e cautela
A Presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereadora Ines Weizemann (PL) também opinou sobre as especulações que surgiram em relação a contratos, inclusive de serviços médicos. “Busquei algumas informações a respeito do Dr. Caio, que é filho do Prefeito, mas tive informações de que ele não tem contrato com a Prefeitura, e sim que ele é médico do Exército. Ele substitui médicos. São essas as informações que tive. Pelo que consultei não existe nada de errado com relação a essa contratação”.
A vereadora Nanci Rafagnin Andreola (DEM) se posicionou. “Não estou aqui para defender ninguém, mas dizer que é salário milionário. Olha quanta maldade as pessoas fazem, é isso que afasta as pessoas do bem da política. Temos que nos preocupar com o que é importante”. O vereador Jeferson Brayner (PSD) também ponderou: “Devemos ter muita cautela e seriedade porque esse ano é eleitoral e a população está atenta a tudo que acontece”.