Bancada Feminina realiza reunião com rede de proteção à mulher para dialogar sobre políticas públicas para a área

por Diretoria de Comunicação última modificação 19/02/2021 15h42
Durante o debate, foi possível conhecer a atuação de cada entidade e reconhecer dificuldades que permeiam os atendimentos

A bancada feminina realizou na manhã desta sexta-feira, 19 de fevereiro, reunião com representantes da rede de proteção à mulher. A iniciativa foi das Vereadoras: Anice Gazzaoui (PL), Yasmin Hachem (MDB) e Protetora Carol (PP). A reunião teve o intuito de conhecer o trabalho das instituições que compõem a rede e alinhar políticas públicas no futuro voltadas à proteção da mulher. Também marcaram presença, os Vereadores Galhardo (Republicanos), Jairo Cardoso (DEM), Cabo Cassol (Podemos), João Morales (DEM) e Alex Meyer (PP).

Durante o diálogo, as instituições falaram sobre a ação específica de cada uma delas, pontuaram as dificuldades, especialmente, falta de recurso da União para as políticas de proteção às mulheres e necessidade de construir estrutura adequada de atendimento para o porte do município de Foz do Iguaçu. O Secretário Municipal de Assistência Social, Elias Oliveira, destacou a importância da reunião com a rede. “O fluxo de atendimento é decidido por esse grupo de mulheres que estão no Cram, na Patrulha, na Casa Abrigo, Conselho da Mulher, para também construir políticas públicas para a área”. Tanto o Secretário, quanto a gestão do CRAM pontuaram a dificuldade do não recebimento de recursos do governo federal para o atendimento. “Atualmente a Secretaria de Assistência Social mantém o CRAM, o CREAS e outros equipamentos”, disse o Secretário Elias Oliveira.

Francielle Bogado, do Ministério Público, destacou a importância do diálogo do Legislativo com as instituições, para conhecer a atuação de cada órgão e a realidade das pessoas que são atendidas. “Muitas pessoas que atendemos não tem água e nem comida, então a conversa aqui é fundamental para se entender a real necessidade dos atendimentos”, afirmou Francielle. O diálogo contou com a presença do Secretário de Assistência Social, Elias Oliveira; Mara Baran, do Conselho da Mulher; Iraci Pereira Conceição, da Patrulha Maria da Penha; Dayse Bortoli e Kiara Heck, do CRAM; Cristina Dias, da Casa Abrigo; Francielle Bogado, do Ministério Público.


Ao final da reunião, as Vereadoras da bancada destacaram o saldo positivo do diálogo para conhecimento e definição posterior de políticas públicas nesse âmbito.

Esclarecimentos de compras feitas pela Secretaria de Assistência Social

O Secretário Municipal de Assistência Social, Elias Oliveira, aproveitou a oportunidade para esclarecer aos parlamentares alguns questionamentos feitos anteriormente com relação às compras realizadas pela pasta. “Já nos questionaram sobre compra de erva de tererê, compra de carne. Mas, temos de esclarecer que muitas vezes essas mulheres, que estão em uma situação tão difícil após terem sofrido violência, chegam diversas vezes com os filhos e precisam ter direito de comer, de ter uma roda de conversa, porque tudo isso envolve o resgate à dignidade da mulher. Nosso atendimento é baseado no princípio fundamental da dignidade humana”.


A respeito disso, Maran Baran, do Conselho da Mulher, enfatizou “as pessoas precisam entender que essas mulheres não estão prisioneiras do Estado, mas da violência que as atingiu”. Cristina, da Casa Abrigo, afirmou que inclusive que neste serviço de acolhimento as mulheres aprendem ali receitas e muitas delas quando saem se sustentam desta forma, vendendo pães, bolos, rompendo o ciclo da violência”.

Patrulha Maria da Penha de Foz é referência para outros municípios

A Patrulha Maria da Penha, que está sendo referência, para municípios de outros estados, executa um papel fundamental também de suporte às mulheres. A Patrulha é mantida com recursos da Secretaria Municipal de Segurança Pública e tem algumas necessidades, como a ampliação da equipe, uma vez que conta apenas com 11 profissionais. “Temos uma rede de atendimento que funciona, já auxiliamos os municípios de Toledo, Cascavel, outro município no Estado do Espírito Santo. O feminicídio é a pior forma de violência, deveria ser crime hediondo”, afirmou a Guarda Municipal Araci Conceição.