Audiência defende Plano Municipal de arborização urbana para diagnóstico e manejo das árvores

por Diretoria de Comunicação última modificação 10/11/2022 09h19
Audiência defende Plano Municipal de arborização urbana para diagnóstico e manejo das árvores

Foto: Christian Rizzi - Câmara Foz

O Legislativo abriu debate sobre a substituição gradativa de árvores no Município de Foz do Iguaçu, em atendimento ao requerimento 459/2022, de autoria do Vereador Valdir de Souza Maninho (PSC). A audiência foi aberta pelo presidente da Casa- vereador Ney Patrício (PSD) e conduzida pelo proponente, vereador Maninho (PSC). Participaram também do debate, os vereadores: Kalito (PSD) e Rogério Quadros (PTB). A principal defesa durante o debate foi de que seja feito um plano de arborização, contendo diagnóstico, manejo, espécies adequadas para o centro urbano.

A ideia era debater um plano municipal de arborização viável para a substituição de árvores doentes, velhas e que causam prejuízos a rede de energia da cidade. André Hipólito Xavier, biólogo pela secretaria de meio ambiente, falou como expositor na discussão e citou alguns exemplos e pontuou a necessidade do plano de arborização urbana para Foz: “na Vila Yolanda temos muitas árvores que precisam ser substituídas. Além de não serem adequadas para arborização urbana, estão com idade muito avançada. Precisamos de Plano municipal de arborização urbana, que é um documento que faz diagnóstico das árvores do município. Temos um desafio bem grande porque a avaliação não pode ser feita por uma ou duas pessoas. A arborização urbana lida com muitas outras competências administrativas”.

O vereador Kalito (PSD) disse: “Desde 2017 falamos que precisamos desse plano de arborização urbana. Não fizeram ainda diagnóstico, não temos prazo, não temos cronograma. Vamos chegar ao fim do mandato e não temos ainda. Em que momento o plano municipal de mata atlântica influencia nisso? Gostaríamos que saíssemos daqui hoje com o encaminhamento de quem podemos cobrar”.

O vereador Rogério Quadros (PTB) também se posicionou: “Quando ingressamos aqui em 2017, o tema foi debatido. É de suma importância debater a arborização. Depois de 1930, com Itaipu, a cidade não cresceu, expandiu. Como tínhamos um clima quente as pessoas foram plantando árvores, mas sem saber se era adequado. A questão da poda das árvores é fundamental. Entendo que é preciso valorizar muito o trabalho preventivo das podas”.

O proponente, Valdir de Souza Maninho (PSC) finalizou: “O quanto antes começarmos a tratar do assunto, menos danos teremos. A arborização urbana traz muitas questões como proteção de espécies, bem estar da qualidade de vida da presentes e futuras gerações. Vamos fazer documentos de tudo o que foi debatido hoje, encaminhando aos órgãos competentes, para provocarmos discussões junto ao poder público para verificarmos as demandas”.

Necessidade manejo correto das árvores de investimento em educação ambiental

Amálio Espínola, eletrotécnico e técnico ambiental, falou também como expositor do assunto e destacou o manejo errado de árvores antigas, criticou desmatamento, questionou se há plano para reposição das árvores retiradas e pontuou importância da poda correta para aumentar a segurança das pessoas, eliminando galhos que podem cair e causar danos. Além disso ele criticou a falta de educação ambiental da sociedade.

Copel e Defesa Civil monitoram situação das árvores que apresentam risco

Guilherme Bail, da Copel, afirmou: “temos um contato de 24 horas com a Defesa Civil que trata as emergências. Trabalhamos em conjunto nas ocorrências. As árvores afetam nosso principal indicador de qualidade que é a falta de energia. Quanto menos interrupção tivermos, melhor”. Vando Cezar, da Defesa Civil, “Foz é uma cidade muito bem arborizada, mas temos árvores de espécies inadequadas para o espaço urbano. Então temos uma infinidade de situações”.

Marcos Silva, diretor de arborização da secretaria de meio ambiente, destacou: “estamos trabalhando com podas regionalizadas. Antes de acontecerem tragédias, nós retiramos árvores que não têm condições de ficar. São feitas doações de mudas. No que se refere à educação ambiental, fizemos um convênio com JL e eles reformaram todo barracão e está sendo montado centro ambiental. A ideia é que a população e escolas conheçam as trilhas”.

Tribuna livre

João Carlos Miranda, cidadão, afirmou: “depois de longos anos estou vendo que no meu bairro a prefeitura faz a poda das árvores. Porque você fazer um protocolo é um processo demorado. Outra sugestão que dou é que cada residência tivesse uma árvore plantada em frente a sua casa e gostaria que a Câmara ou Prefeitura criasse um projeto que motivasse o cidadão a plantar árvore, que desse alguma isenção e conscientizasse a necessidade das árvores na cidade. Quantas multas estão sendo realizadas, estamos vendo crimes ambientais, mas quantas multas estão sendo aplicadas”.


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